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domingo, 24 de novembro de 2013

Entrevista Exclusiva com Mariana Marinho

Por Aprendiz Coelhocratas

Mariana Marinho foi a sétima eliminada do Aprendiz, o Retorno, em uma das salas mais emocionantes da temporada, em que todos os participantes choraram.

Ela aceitou voltar porque queria ganhar, mas, como ela mesma disse, nesta entrevista, infelizmente não deu.

A participante conta que a Mariana de 2009 e a atual são diferentes, profissionalmente falando e diz: "Hoje sei que posso pensar em soluções diferenciadas no meu dia a dia e assim, trabalhar com essa habilidade e com isso, usá-la cada vez melhor."

Ela afirma, nesta entrevista, que se considera sênior, embora tenha muito caminho pela frente e diz que se decepcionou com o individualismo de alguns participantes. 


Confira a entrevista!
Obrigada pela participação, Mariana! 


(Bianca Portes e Daniel Simões) Como surgiu a ideia inicial de candidatar-se ao Aprendiz 6? O que significou pra você participar do programa naquela época? A motivação para participar novamente foi a mesma ou algo mudou?

(Mariana Marinho) A ideia de me candidatar ao Ap6 surgiu da fase profissional que eu me encontrava. Estava no 5º período da faculdade e prestava na época alguns processos seletivos para grandes empresas para me testar e a seleção do Aprendiz me parecia ser uma boa experiência. Além disso, eu era fã do programa, desde a 1ª edição. Já para o Retorno, a motivação foi completamente diferente porque enquanto no Ap6 eu via aquela oportunidade como um processo seletivo, agora no Retorno, eu só via a vitória. De fato, entrei para ganhar... Infelizmente não deu, mas sempre vale a pena.


(Daniel Simões) E depois da sua volta o que você achou do programa de modo geral?

(Mariana Marinho) Me decepcionei um pouco com a visão individualista que a maioria dos participantes tinham. De uma forma geral, todos voltamos com estratégias para ganhar o programa e na maioria das vezes cada um se preocupava com a sua performance e por conta disso, na minha opinião, a performance coletiva na execução das tarefas caiu muito.


(Leonardo de Oliveira) O que a Mariana Marinho mudou de 2009 pra cá positivamente e negativamente no Aprendiz e na vida profissional? 

(Mariana Marinho) Léo, eu mudei muito desde 2009. Quando sai do Ap6 voltei para o Rio e terminei a minha faculdade em Ciência da Computação mas eu já sabia que eu queria me mudar para SP e investir na minha carreira profissional por aqui. Por indicação de um grande amigo (Rodrigo Carraresi, participante do Ap6), tentei dois processos de Trainee e passei em um deles. Com a visão que adquiri no programa, sabia que não queria mais ter um perfil tão técnico como o que eu tinha desenvolvido com a minha formação de TI e por isso, pedi ao RH da empresa para me colocar em qualquer posição, menos na Área de TI. Com isso, desenvolvi outras habilidades. Hoje me considero muito mais generalista, menos técnica mas ainda muito racional.

(Daniel Simões) Mariana, você questionava muito seus colegas o chamando de JUNIORES... Você é jovem ainda, não tem uma carreira longa devido a pouca idade. O que você considera comportamento de juniores ou seniores? E você se enquadra em qual aspecto?

(Mariana Marinho) Daniel, de uma forma geral, um profissional júnior faz muitas perguntas e não consegue “andar sozinho”. Já o pleno pergunta menos, enquanto o sênior encontra as soluções para os seus problemas. Hoje me considero sênior mas sei que ainda tenho muita pista pela frente. Em determinadas situações de gestão de pessoas, por exemplo, ainda tenho dificuldades por conta da minha pouca idade e falta de experiência.


(Lucas Lattari) Mariana, no seu Aprendiz lembro do Justus perguntar o que uma pessoa formada em Computação agregaria em sua empresa. Aprendizes ligados a mesma área, como o Braga e o Ronaldo já foram demitidos. Você acha que até pelo Justus ser publicitário, ele prefere aprendizes desse ramo? Você acha que aprendizes de formação em outras áreas começam atrás nessa disputa?

(Mariana Marinho) Acho que por termos pouca ou nenhuma (como era no meu caso) experiência na Área de Publicidade tínhamos sim certas desvantagens. Porém, sempre confiei no Roberto para fazer a leitura certa do jogo e deixava muito claro que não tinha conhecimento técnico mas um perfil flexível e capacidade para me desenvolver para o perfil da vaga que ele tinha.


(Juliana Holanda) Mariana na sua opinião o que fez a equipe Flecha não funcionar?

(Mariana Marinho) Pergunta difícil Juliana! Acho que as pessoas estavam focando muito no seu desempenho individual e assim, esqueciam da importância do desempenho coletivo na execução das tarefas.


(Aderson Bezerra) Mariana, o fato de profissionais mais experientes fazerem parte da equipe inibiu o seu desempenho ou isso foi indiferente pra você? Você se sentiu no mesmo nível que os demais aprendizes ou é mais difícil bater de frente com quem tem (em tese) mais experiência que você?

(Mariana Marinho) Confesso que tinha esse receio quando eu cheguei no confinamento, mas durante as tarefas isso foi indiferente. Trabalhei bastante e me senti no mesmo nível de todos.

(Endrik Raphael) Mariana, como você avalia o clima quente nas salas de reunião?

(Mariana Marinho) Endrik, sinceramente não gosto de salas de reunião calorosas onde as pessoas falam alto e não argumentam com conteúdo. Infelizmente, o público não vê toda a sala que dura por vezes até mais do que 3h. Todos ali, principalmente na 2ª sala, estão com a “corda no pescoço” e precisam se defender mas confesso que gosto muito mais quando isso é feito com ética e respeito, como eu espero que as pessoas que trabalham comigo aqui fora façam.


(Kelvyn Holanda) Mariana, notei que estavas se impondo mais nas salas de reunião dessa edição do que no Aprendiz 6. Mesmo assim, observamos que o teu perfil não é agressivo, portanto, pergunto o quão difícil é uma pessoa com personalidade calma, tranquila e sensata lidar com tanto tumulto e temperamento agressivo reunidos?

(Mariana Marinho) Eu não tenho mesmo um perfil agressivo e acredito que isso seja um reflexo da criação que eu tive. Já estava trabalhando isso porque eu trabalho em um ambiente muito competitivo e por vezes até um pouco agressivo, mas ainda assim nada é como um Aprendiz. Tive dificuldade em alguns momentos durante as tarefas e nas salas com o Guilherme, mas sabia que se eu fosse mais agressiva, perderia a minha razão e talvez eu não fosse me sair tão bem. Foi difícil mesmo, mas um foi bom teste para trabalhar a minha inteligência emocional.


(Aderson Bezerra) Mariana, desde o A6 eu admiro a sua excelente argumentação, sempre muito bem embasada, respeitosa e centrada. Na sua opinião, respeitar demais a concorrência e adversários, pode ser um erro, afinal não podemos ficar sempre na defensiva e é necessário também atacar? Qual situação da sua vida foi necessário deixar a boa educação de lado e rodar a baiana pra conseguir um objetivo ou convencer alguém?

(Mariana Marinho) Obrigada Aderson! Não tenho dúvidas de que respeitar demais pode ser um erro. Achar o equilíbrio é sempre o maior desafio. Já tive algumas situações na minha vida pessoal em que foi preciso “rodar a baiana”, mas na minha vida profissional sempre procurei mostrar com fatos e argumentos para convencer alguém sobre um projeto ou demanda. Atualmente, eu tenho a oportunidade de trabalhar em uma Área onde fazemos a Gestão de grandes Fornecedores e sair algumas vezes de um ambiente calmo tem sido o meu grande desafio.


(Kelvyn Holanda) Mariana, no Aprendiz 6, expuseste um ponto fraco que custou caro a ti: a falta de criatividade. A Mariana de 2013 ainda peca nesse quesito? Tendo em vista que a criatividade é importante no meio da publicidade, tens procurado exercer tua capacidade criativa?

(Mariana Marinho) Eu aprendi a trabalhar com a Criatividade. Em 2009 cai na armadilha de achar que a Criatividade era medida apenas pela capacidade de gerar grandes ideias em um Brainstorming. Hoje sei que posso pensar em soluções diferenciadas no meu dia a dia e assim, trabalhar com essa habilidade e com isso, usá-la cada vez melhor.

Um comentário:

Danton disse...

Boa entrevista.Eu gosto do jeito dela na sala de reunião, mas não acho que seria candidata para ganhar o programa. O que mais me impressiona nela é a serenidade para levar porradas de alguns companheiros e do Justus.

Eu sempre gosto de participantes que se destacam mais pelo trabalho do que por brigas ou outras coisas mais. O programa foi criado para mostrar sobre o empreendedorismo e não para incentivar "rivalidade" e discussões idiotas entre participantes.