Páginas

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Entrevista Exclusiva com Rodrigo Solano

Por Rafaella Oliveira

Rodrigo Solano se tornou o Mister Simpatia do Aprendiz. Com uma participação tranquila e cheia de honestidade, Solano reconquistou os fãs e conquistou Roberto Justus. 

Sua demissão, considerada pelo próprio Justus como uma das mais emocionantes da temporada ocorreu no décimo quarto episódio, momento em que as finalistas foram definidas. 


Nesta entrevista exclusiva, Solano conta que ficou muito feliz por ter se saído bem em ambas as edições que participou, conta que registrava tudo o que fazia em um caderninho que usava durante as tarefas e deixa um recado:
"Agradeço a todos pelo carinho, torcida e palavras (positivas e negativas) durante o programa! Vi a quantidade de perguntas no Facebook e queria poder responder todas, mas acredito que as perguntas selecionadas foram muito boas e quem sabe nos encontramos por aí e eu respondo tudo! rs. Abraços e Beijos!!

E quem quiser conhecer mais sobre minha trajetória (até as músicas das bandas que toquei! rsrs), tem tudo lá no meu site: www.rodrigosolano.com"
Confira a entrevista!
Desde já agradecemos a participação, Solano!


(Endrik Raphael) Rodrigo, conte pra nós um pouco mais da sua participação no programa nos primeiros episódios. Que me recordo, você dá o primeiro depoimento seu lá pela tarefa 4. Você acha que isso pode ter te prejudicado em algo? Ou então te favorecido pra ir mais longe?

(Rodrigo Solano) Endrik, o início do programa é uma fase muito difícil. Tanto na REALIDADE quanto na EDIÇÃO. São pessoas com um pique transbordando, um querendo falar e se mostrar mais que os outros (e isso faz parte do programa, eu sei), um clima mais hostil que o normal (pois estávamos confinados há pouco tempo e ainda não éramos amigos) e outros diversos fatores que, mesmo sabendo que corria o risco de ser mandando embora por não aparecer tanto, eu preferi não entrar nesse jogo. 
Desde a primeira tarefa que faço MUITA coisa e tenho tudo isso registrado em um caderninho de anotações que eu usava nas tarefas (e é meio óbvio que alguém não passaria 5 episódios sem fazer nada e chegaria entre os 3 finalistas), mas eu não conseguia entrar no jogo de falar mais alto, me posicionar de maneira mais “vendável” para as câmeras ou coisas do tipo. Eu preferi correr, mais uma vez, o risco sendo NATURAL. E, no final das contas, acredito que foi essa minha naturalidade e sinceridade que me fez chegar quase até a final (como disse o Roberto, faltando tão pouco para chegar na final).
Acredito que para o meu desempenho no programa isso não me ajudou nem prejudicou em nada, pois mesmo sem aparecer na TV o Roberto e os conselheiros viam e sabiam de tudo que eu vinha fazendo em cada tarefa. Só acho que isso fez com que o público (que só pode acompanhar as tarefas editadas na TV) tenha achado que eu não estava fazendo nada, quando eu estava fazendo muita coisa! rs

(Rodrigo Colucci) Rodrigo Solano, você foi muito bem nas duas edições que participou. O que você pode dizer que melhorou da edição passada para essa e o que você acha que faltou nessa atual edição para ser finalista?

(Rodrigo Solano) Rodrigo, fico muito feliz de ter me saído bem nas duas edições! Só quem participa sabe que não é nada fácil e que o nível dos participantes é muito alto. Isso só aumenta minha felicidade com os resultados, mesmo sem ter vencido nenhum dos dois programas! rs
O que posso citar de melhoria da edição passada para a atual foi, sem dúvida, o meu amadurecimento profissional e pessoal. Na edição anterior eu tinha 19 anos e apenas alguns estágios na bagagem. Nessa edição, mesmo ainda sendo muito jovem (23 anos), trago uma experiência de mais de 2 anos em cargos de liderança, cuidando de equipes em diversos estados do país, além do know-how das diversas palestras ministradas pelas cinco regiões do país. Eu ainda não consegui assistir nem a metade dos programas, mas acredito que esse amadurecimento tenha sido notório nas tarefas e salas de reunião. 
Em relação ao que eu acho que tenha faltado para estar em mais uma final, eu diria a mesma coisa que disse quando perdi a final em 2010: aconteceu como tinha que ser. Não existe fórmula para ir longe no Aprendiz. Não tem como analisar situações X ou Y que eu pudesse ter feito para chegar na final. Como o Roberto disse bem na hora da minha demissão, a escolha dele veio de uma análise geral, de quem mostrou ter mais experiência (a idade fez muita diferença nesse ponto) e estar mais maduro para enfrentar a Melina na final. Esse argumento deixou claro que não teriam coisas que eu tivesse feito ou dito que me fariam conseguir essa vaga na final. E mesmo o Roberto tendo dito em algumas entrevistas que quase me deixou na final depois da minha resposta na hora de vender a Renata, eu ainda acredito que o peso do voto dos dois conselheiros para a minha saída fez a diferença na escolha dele.


(Kelvyn Holanda) Rodrigo Solano, um fato que chamou a atenção do público foi você ter reagido de forma excepcional após ser preterido pela equipe Sinergia. Portanto, gostaria de saber o que passou pela sua cabeça naquele momento e se serviu de motivação para mostrar o seu real valor?

(Rodrigo Solano) Kelvyn, primeiramente o que passou na minha cabeça foi a mesma coisa que acredito ter passado na cabeça de todos os que assistem o Aprendiz: de novo, na tarefa da Nestlé, sou mandando embora da equipe! rs
Por ter vivido essa mesma situação em 2010, juro que quando o Jota e a Karine começaram a votar para a minha saída, em frações de segundos passou na minha cabeça o fato que eu não tinha tido, até aquele momento, nenhum destaque de peso no programa e que essa situação podia ser, mais uma vez, a minha virada. É claro que eu não queria ter sido “mandado embora” daquele jeito, mas quando a Mel deu o voto de minerva para minha ida, eu fui muito menos “revoltado” que da outra vez. rs
Mesmo com o orgulho ferido (seria impossível não sentir isso), eu consegui enxergar aquela situação como uma oportunidade para me destacar mais (até porque estava indo para uma equipe que também precisava de sangue novo) e deixar de ser “mais um” no programa (como eu imagino que estava aparecendo na TV, pois eu ainda não tinha sido indicado nenhuma vez para o prêmio de Melhor da Tarefa).
Então, respondendo a sua pergunta, a mescla disso tudo serviu demais para que eu me motivasse a mostrar ainda mais as minhas qualidades, expor ainda mais as minhas ideias, e eu tive o prazer de ser muito bem recebido numa equipe sensacional, com integrantes muito competentes e que precisavam apenas dessa “balançada” e de uma cabeça fresca (sem o peso de tantas derrotas seguidas que eles estavam sofrendo). 


(Taynan Scarso) Solano para você existiu alguma diferença de participar do programa Aprendiz com o apresentador Jõao Doria e outro com Roberto Justus se sim quais são?

(Rodrigo Solano) Com certeza são INÚMERAS as diferenças entre o Doria e o Justus. 
Em relação ao formato do programa, as maiores diferenças foram com os participantes (idade, experiências, etc).  Mas nos momentos decisivos (principalmente a Sala de Reunião) era muito notória a diferença entre os dois apresentadores.
O perfil dos dois é fascinante e poder aprender trejeitos diferentes com cada um deles foi fantástico, mas é difícil elencar com palavras as diferenças entre os dois. Mas, para quem sempre assistiu o Aprendiz desde pequeno, sentar naquela sala de reunião e ficar frente a frente com o Roberto Justus é uma coisa que não tem explicação. 

(Bianca Portes) Aos seus 23 anos, quando olha pra trás, como resume tudo o que você já fez e viveu? O que espera do futuro? Alguma nova meta traçada?

(Rodrigo Solano) Nossa, que pergunta de RH! rsrs... Mas respondendo, eu não consigo resumir a quantidade de coisas que fiz e vivi quando olho para trás (se for pensar só em APRENDIZ já é muita coisa, imagina se olhar tudo que fiz quando mais jovem: jogador de futebol, baterista, cantor, jornalista e outras coisas que conto tudo nas minhas palestras! haha). O que posso garantir é que eu nunca imaginava ter tanta história para contar com apenas 23 anos. 
Em relação ao futuro eu prefiro sempre “esperar” mais do que traçar. É claro que tenho minhas metas pessoais e profissionais, sonhos que desejo realizar, degraus que desejo subir e tudo isso está bem centrado. Mas procuro não me prender a nada, pois acabo tendo surpresas melhores do que eu esperava! 
Sobre os meus planos atuais, pós Aprendiz, estou analisando todas as oportunidades que estão aparecendo para me recolocar no mercado e as propostas para palestras estão aumentando muito. Então a qualquer momento eu posso palestrar aí na sua cidade! Rsrs.. E quem quiser entrar em contato: solano@rodrigosolano.com


(Lucas Lattari) Solano, muito foi dito sobre sua falta de ênfase. Você acha que as críticas feitas a você no programa a respeito disso foram exageradas? Muita ênfase de vários profissionais não pode distorcer ou tornar difícil um ambiente de trabalho?

(Rodrigo Solano) Lucas, o programa acaba “distorcendo” muita coisa. Talvez distorção não seja a palavra correta, eu usaria “propagação”. Lá dentro, tudo é elevado ao máximo e os trejeitos de cada um são propagados de maneira excessiva para que renda boas discussões em salas de reunião. 
Algumas coisas apontadas sobre alguns participantes nem eram “defeitos”, eram apenas características marcantes que destoavam dentro de um grupo que não se conhece, nunca trabalhou junto, está sob pressão de tempo e concorrendo um com o outro! rs.. Afinal, todos ali são bem sucedidos profissionalmente mesmo com esses “defeitos” que foram apontados! 
Então, o que é importante ser observado, é que essa “falta de ênfase” não é uma simplesmente uma coisa negativa, e sim um estilo. Quem me conhece sabe que o meu estilo é mais tranquilo, calmo, que consigo conduzir e resolver as coisas sem precisar de confusões.
Mas é claro que tudo que ouvimos de feedback no programa (concordando ou não) é algo que levamos para o resto da vida e, sem dúvidas, refletimos e levamos em consideração para o resto da nossa carreira. 


(Bianca Portes) Você acredita que a harmonia numa equipe pode atrapalhar a motriz da inovação? É necessária alguma faísca entre os membros para que a criatividade jorre?

(Rodrigo Solano) Bianca, depende muito. Como disse anteriormente, não existe regra para o ambiente ideial para que a criatividade jorre. Isso era um bom argumento para salas de reunião, mas diversas tarefas vencidas nesse mesmo Aprendiz – O Retorno foi com equipes com um ótimo clima de harmonia e convívio.
O que eu acredito é que sempre devemos prestar mais atenção quando o clima estiver harmônico demais, pois isso pode ser um sinal de excesso de concordância e, para evitar conflitos, um bloqueio criativo ou a falta de ideias distintas. Mas isso é um papel que o gestor sempre tem que observar e tomar cuidado para ele mesmo não entrar nesse clima.
O ideal mesmo seria conseguir conduzir um ambiente de conflitos saudáveis em que não seja necessário perder a harmonia!


(Kelvyn Holanda) Solano, foi mais difícil chegar a final do Aprendiz 7 ou a semi-final do Aprendiz - O Retorno? Por qual motivo?

(Rodrigo Solano) Esse tipo de pergunta não tem como responder! Hehe... Foram situações diferentes do programa e da minha vida.
Analisando apenas o agora eu diria que esse foi muito mais difícil pela mudança do apresentador, por eu ter sido o mais novo, pela grande experiência dos concorrentes e outros diversos fatores que me fazem achar que O Retorno foi muito mais difícil. Mas parando para pensar no Aprendiz 7, em todos os desafios e participantes competentíssimos que tive que superar para chegar na final, eu diria que o nível de dificuldade foi equivalente à fase da minha vida. Afinal, se eu tivesse os mesmos 19 anos daquela época, eu não chegaria nem entre os 10 desse Aprendiz – O Retorno! Rsrsrs


(Aderson Bezerra) O que é mais difícil pra você: Liderar uma pessoa mais experiente que você ou cometer um erro e ter que prestar contas com o CEO da empresa em que você trabalha?

(Rodrigo Solano) Aderson, as duas situações não são excludentes. Quando eu coordenava a comunicação e marketing do Grupo Ser Educacional (maior grupo educacional do N/NE) passei pelas duas situações e ambas fazem parte do cotidiano de uma grande empresa. Todas as situações (positivas ou negativas) da minha equipe eu prestava contas diretamente com o CEO da empresa e 100% da minha equipe era mais velha que eu (menos os estagiários, que eram da minha idade! rs).
As duas situações são desafiadoras, mas em ambas o seu teste é muito mais comportamental do que profissional. Saber a maneira certa de se posicionar perante cada um desses ambientes é o que faz a diferença no resultado das coisas. 
Falando especificamente de mim, posso lhe garantir que me saí muito bem nas duas ocasiões (claro, com muitas provações e diversos desafios) e até gosto desse tipo de desafio comportamental. Eu adoro as relações humanas e acredito que saber transitar nos diversos meios (de chefes à subordinados e dos mais novos até os mais experientes) faz muita diferença no mercado de trabalho atual com tantas barreiras a serem quebradas.


(Denilson Lisbôa) Rodrigo Solano, gostaria de saber da sua carreira profissional e seus planos para o futuro.

(Rodrigo Solano) Acabei respondendo essa pergunta mais acima, mas vou repetir e detalhar um pouco mais: 
Sobre os meus planos atuais, pós Aprendiz, estou analisando todas as oportunidades que estão aparecendo para me recolocar no mercado. Ainda não posso falar nada, nem sei se continuarei em Recife ou irei para SP (ou alguma outra cidade), mas imagino que em Janeiro isso já esteja definido e eu anunciarei nas minhas redes sociais. 
Além disso, como vocês sabem, há 3 anos viajo pelo Brasil dando palestras e os convites estão aumentando muito após o programa. Então a qualquer momento eu posso palestrar aí na sua cidade! Rsrs.. 
No mais, quem quiser entrar em contato pode me enviar um e-mail: solano@rodrigosolano.com ou falar comigo no www.facebook.com/rodrigosolanooficial

Nenhum comentário: