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sábado, 14 de setembro de 2013

O Gerenciamento de Impressões no Aprendiz


Por Jadre Junior
Olá, amigos leitores do blog Aprendiz Coelhocratas! Primeiramente, gostaria de agradecer a todos os membros do nosso grupo no Facebook que leram a minha postagem da semana passada e fizeram comentários. Suas críticas, elogios e sugestões são sempre muito bem-vindas. No texto de hoje, diferentemente dos anteriores, eu não me limitarei a relembrar episódios das temporadas anteriores do Aprendiz e citar ex-participantes marcantes, mas também vou comentar sobre um interessante fenômeno bastante presente em processos seletivos e que tem sido estudado por pesquisadores das áreas de Administração e Psicologia: o Gerenciamento de Impressões (GI).
O que é Gerenciamento de Impressões?
Segundo Carvalho e Grisci (2002), o Gerenciamento de Impressões (GI) consiste nas formas através das quais os indivíduos tentam controlar as impressões que os outros têm a seu respeito, no que se refere a comportamentos, valores e atributos pessoais, visando atingir um determinado objetivo. Sendo assim, o GI seria um instrumento utilizado pelo ser humano na tentativa de ser bem visto pelas pessoas nos vários papéis que ele desempenha na sociedade e pode ser utilizado tanto pelo candidato que deseja ser aprovado em um processo seletivo quanto pelo entrevistador que deseja passar uma boa imagem da organização que está representando.

As organizações contemporâneas buscam nos profissionais indivíduos que apresentem um conjunto de qualidades praticamente impossível de se encontrar em um único indivíduo, tais como capacidade de adaptação, traços de liderança, visão estratégica e de futuro, pró-atividade, predileção por atuar em equipe, habilidade nas relações interpessoais, valores éticos sólidos, aceitação a riscos e ao trabalho sob pressão, capacidade de abstração e concentração, equilíbrio emocional, capacidade de negociação e persuasão, habilidade de comunicação verbal e não-verbal, criatividade, compreensão de tendências e processos globais, capacidade de decisão, fluência em pelo menos uma língua estrangeira, capacidade de identificar falhas e controlar processos, dentre muitos outros atributos. Como é praticamente impossível encontrar um profissional que reúna todas as qualidades exigidas pelo mercado, o Gerenciamento de Impressões é a saída encontrada pelos profissionais para convencer os selecionadores de que eles tem o perfil que está sendo procurado.
Vale salientar que o Gerenciamento de Impressões pode se apresentar sob três formas: a autoapresentação autêntica, quando o candidato age de forma autêntica e sincera, por receio de ser desacreditado ou por necessidade de ser verdadeiro consigo mesmo e com os outros; a autoapresentação cínica, quando o candidato age de forma exagerada ou até mesmo com falsidade, e a autoapresentação excludente, quando o candidato omite informações negativas sobre si mesmo e tenta transmitir uma versão editada de como ele realmente é.
As estratégias de Gerenciamento de Impressões e sua aplicação no Aprendiz
As estratégias de GI referem-se às tentativas dos candidatos de causar impressões de longo prazo. De acordo com Carvalho e Grisci (2002), as principais estratégias de GI são a insinuação, a autopromoção, a exemplificação, a intimidação e a suplicação.
A autopromoção consiste nas tentativas de se demonstrar uma imagem de competência, destacando habilidades. Deve-se ter o cuidado de não transmitir uma imagem de arrogância e superioridade.
A exemplificação envolve a tentativa de expressar uma imagem de virtudes morais como honestidade, ética e lealdade. O indivíduo que adota essa prática deve ter o cuidado para não parecer hipócrita ou antipático ao querer passar uma imagem de perfeição.
Exemplo do Aprendiz: no Aprendiz 1, o participante Toni passou a impressão de ser uma pessoa extremamente ética, especialmente em uma prova de desafios de lógica na qual ele pediu para não participar porque já conhecia o desafio proposto.
http://www.youtube.com/watch?v=paoeI9OmTC8

A insinuação consiste na tentativa de se parecer uma pessoa amigável ou simpática, sendo que isso não se trata de um desejo espontâneo de agradar aos demais, mas de algo feito para se atingir um objetivo. O indivíduo que faz uso dessa estratégia deve ter cuidado para não parecer bajulador.
Exemplo do Aprendiz: no Aprendiz 3, a participante Bia foi acusada pelo publicitário Luiz Lara de tentar demonstrar uma falsa imagem de humildade.
A suplicação é a tentativa de se transmitir uma imagem de necessidade de ajuda, com o objetivo de gerar, no outro, uma resposta de proteção e auxílio. Essa estratégia implica no risco de se ficar com uma imagem permanente de fraqueza.
Exemplo do Aprendiz: no Aprendiz 6, na sala de reunião na qual Rodrigo Spohr foi demitido, estimulados pelas perguntas do João Doria Junior, os participantes Ramon e Nathália Tiburtino citaram problemas familiares e acabaram se livrando da demissão. Na época, muitos fãs do Aprendiz atribuíram a permanência deles a uma postura paternalista do João Doria Junior.

Por fim, a intimidação envolve as tentativas de se transmitir uma imagem ameaçadora ou agressiva, tanto física como verbal. Ao contrário do desejado, a resposta a essa estratégia pode ser de revolta ou boicote, a invés de submissão.

Exemplo do Aprendiz: um dos exemplos mais clássicos de tentativa de intimidação utilizado por um participante do Aprendiz ocorreu no Aprendiz 5, quando Sandra Sakuma desistiu do Aprendiz ao questionar a decisão do Justus de manter Henrique Sucasas e demitir Maura Barreto.

 
Se vocês quiserem saber mais sobre Gerenciamento de Impressões em processos seletivos, segue abaixo um interessante artigo utilizado como referencial teórico desse texto.
 
 
 
Abraços!!!!!!!

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