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terça-feira, 27 de maio de 2014

Púlpito Coelhocratas por Ariel Zampieri

Púlpito Coelhocratas
Por Ariel Zampieri

Primeiramente, vou me apresentar:

Me chamo Ariel, tenho 23 anos, moro em São Paulo e sou formado em Administração. Acompanho “O Aprendiz” desde sua segunda edição. Fiz parte da comunidade do Orkut, grupos de Whats, Face, além de participar de algumas ações relacionadas ao Aprendiz, como cruzeiro, finais, churrasco na chácara do Clodoaldo (quero outro, Clodoaldo! rs), entrevistas no Hilton, etc. O programa sempre foi um dos meus favoritos, seja pela dinâmica, formato ou lições de empreendedorismo. Dito isso, vamos ao que interessa! 

Difícil escolher um tema para abordar, visto que eu poderia falar de inúmeras coisas. 

Decidi, portanto, escrever sobre o programa de forma geral, fazendo uma análise macro de boa parte do que está acontecendo nessa edição nada convencional de “O Aprendiz”.


PROVAS

O Aprendiz é famoso por provas recheadas de empreendedorismo e criatividade. Campanhas de marketing, poder de persuasão, raciocínio lógico, vendas, agilidade. Nessa edição, porém, grande parte dos fãs do programa estão bastante decepcionados. É natural que em uma edição de Celebridades algumas tarefas sejam voltadas para arrecadar fundos, onde os contatos surgirão e farão a diferença.

De um total de 5 provas, tivemos 3 unicamente voltadas para contatos, uma da Marinha e outra de ações de marketing.

Estamos praticamente na metade do programa e até agora as provas não nos animaram! São provas fracas e principalmente, batidas. Em uma edição de celebridades, onde poderiam ser exploradas diversas vertentes, ficamos presos ao básico do básico do Aprendiz.

Um exemplo claro foi o descontentamento de uma das melhores participantes da edição, Maria Cândida, quando disse em depoimento que esperava que o programa fosse voltado para negócios, para empreendedorismo, e não para “pedir ajuda para amigos comprarem porcarias”. Foi com esse comentário que ela saiu do programa. A resposta do Roberto foi que as provas estão do mesmo jeito que nas edições anteriores, que nada mudou. 

Chega a ser hipocrisia comparar a Stephanie Paris desesperada tentando vender objetos para estranhos na rua com a Beth ligando pra um amigo e pedindo 10 mil reais em um pote de minhocas (foi um exemplo, não lembro o valor correto).

Queremos tarefas onde um simples telefonema não dê a vitória para uma equipe. Queremos estratégias, campanhas bem feitas e planejamento.

Edição

Finalmente fomos ouvidos! Agora as salas de reunião são feitas pouco tempo antes da exibição do programa, o que por enquanto está evitando o vazamento de spoiler, que prejudicou bastante os últimos aprendizes (Valeu Taila! rs).

Porém, nem tudo são flores. Claramente vemos nos episódios cortes grotescos. Justus está numa discussão com algum participante e um segundo depois a edição corta a resposta do aprendiz, fazendo com que pareça que o Roberto o deixou sem fala. Queremos salas de reuniões completas (não, não estou pedindo para deixarem as horas de sala sem edição), onde o assunto tenha começo, meio e fim e não apenas um corte quando melhor for conveniente. 

Outra grande mudança foi a divisão de dois programas para uma demissão. Sobre a prova do líder achei chata a ideia de uma pessoa ser foco no programa todo enquanto a equipe mal participa (quando participa são um ou dois), porém, valeu a tentativa. Agora, vamos encher menos linguiça? Mostrar familiares assistindo a sala de reunião? Aprendizes comendo e escolhendo o líder?

É totalmente compreensível usarmos o tempo como aliado em programas como o Aprendiz, porém, vamos usá-lo de maneira correta para não perder audiência e manter a seriedade e o objetivo do programa. Ao invés de mostrar família torcendo, aprendizes comendo, porque não mostrar a execução da prova? A prova do KitKat tinha tudo para ser genial, porém até agora não sabemos de quem foram as idéias das ações. Aliás, mal vimos as ações em si! 

É assustadoramente revoltante para fãs do programa como eu perceber que o Aprendiz está perdendo a essência e nessa edição se tornou apenas mais um programa de entretenimento, um humorístico que está brigando pelo MESMO PÚBLICO que “A praça é Nossa” (e perdendo feio, por sinal!).

Participantes

Amon – Sem dúvidas é o maior fã do programa. Ótimo entusiasmo. Gosto dessa vontade que ele tem de ganhar, mas infelizmente o vejo como um péssimo candidato, que até agora usou sua família como muleta em mais da metade das tarefas. Aliás, acho que a família só não ajudou na prova da Marinha.

Ana – Liderança sem pulso algum, sem nenhuma estratégia e atitudes que, embora sejam executadas com seriedade, não são nada planejadas. É a queridinha do Roberto. Infelizmente está mais do que apagada na edição e só continua no jogo mesmo pelo favoritismo.

Andréa –“Quem sai na chuva é pra se molhar”, não é!? Então Andréa é minha preferida. Embora não veja um perfil de líder, ela está sendo bastante subestimada na competição, tanto pelo público, como pelo Roberto. Apesar de não ter nenhuma noção de negócios, foi apontada na primeira tarefa como o melhor desempenho, nunca foi indicada para a segunda parte da sala de reunião e tampouco indicada para ser demitida. O carisma e a alegria da Andréa fazem com que ela se torne um elo importante no grupo, pois em meio a brigas de egos e infantilidade, as duas equipes precisam de harmonia. E eu vejo Andréa trazendo isso. Falta pulso, falta agressividade, falta liderança e principalmente, falta ela acreditar nela mesma. Veremos se conseguirá isso antes de ser demitida. Força Andréa, rs.

Beth – Boa ou não ela é uma das protagonistas do programa! Em um programa que agora está mais voltado para o entretenimento, Beth dá um show. Com sua irreverência, sua atitude despojada e sua impulsividade, Beth nos mostra que mesmo não sendo uma mulher de negócios, conseguiu gerar a torcida de muita gente.

Cristiano – Vejo como o melhor participante da equipe Next. Tenta manter a calma quando possível, é estratégico e consegue enxergar o jogo como uma real competição. Tem pulso e vontade de vencer. Aposto nele como um dos finalistas. 

Mônica – Se ela é boa ou má profissional eu não consigo definir, pois o grau de infantilidade dela me deixa incrédulo. Mônica, entenda: “Não é nada pessoal, são só negócios”. 

Michele – Em minha opinião a melhor jogadora/estrategista/profissional. Suas idéias, embora não sejam ouvidas, são na maioria das vezes as mais pertinentes. Infelizmente devido ao seu comportamento é mal compreendida. Terá que driblar o jogo social se quiser chegar longe na competição. Aposto nela como uma finalista, ou pelo menos com um F4. E torço por isso, pois é uma das poucas participantes que eu vejo com olhar estratégico e profissional.

Priscila - Além de brigas pessoais com a Cândica, não vi ainda para que a Mônica veio. Espero mais garra e que ela brilhe, porque a estratégia de andar abaixo do radar pode dar certo, porém dificilmente lhe dará a vitória.

Raul – Gosto do Raul, pois ele dá a cara a bater, não tem medo de cara feia e enfrenta quem tiver que enfrentar. Apesar de um pouco avoado, sempre se esforça para dar seu melhor e defende suas idéias com convicção. 

Portanto...

É mais do que óbvio que o público alvo do Aprendiz mudou. Hoje o programa não é tão voltado para os negócios e mais voltado para o entretenimento. Talvez essa seja uma forma de não desgastar o formato e tentar salvar os números da audiência que vêm caindo temporada após temporada. Porém, é indiscutível que para os fãs mais antigos, como eu, essa edição de “O Aprendiz” está deixando a desejar. 

Amargamos o gosto de saudade de salas de reuniões disputadas, onde os participantes davam o sangue para continuar no programa, Roberto Justus implacável, onde uma arte mal feita era motivo de demissão (nessa edição isso quase não é falado) e principalmente, onde o programa era um programa de negócios.

Ficarei na torcida para que o programa volte a buscar sua essência e nos dê aquilo que mais gostamos: Aprendizado.

Sendo um fanático por Aprendiz, continuarei assistindo e torcendo pelo sucesso do programa. Apesar das críticas - talvez mal compreendidas - espero o sucesso e a prosperidade do programa. 

Abraços à equipe do blog e aos que me conhecem e me aturam ao longo desses anos de Aprendiz! hahaha

Um comentário:

Anônimo disse...

concordo com o seu ponto de vista! Gostei