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terça-feira, 27 de maio de 2014

Os limites de um líder no Aprendiz



Por Luiz Gustavo Cristino



No embate que considero o mais complicado da atual temporada do Aprendiz, Roberto Justus decidiu dar uma segunda chance para a líder Andréa Nóbrega e demitir o complicado Nahim. Mas muito mais importante do que quem ficou ou quem saiu está uma questão interessante levantada por Renato Santos (sempre ele!): afinal, até que ponto um líder pode ser líder dentro do contexto do Aprendiz?

Estamos há 10 temporadas ouvindo que líderes precisam ter pulso e não podem dar espaço a outro participante. Se alguém cresce mais do que o líder, a culpa é da falta de firmeza do gestor. E já vimos um sem número de líderes frouxos sendo demitidos ao longo dessa década de Aprendiz.

Em alguns casos, não há o que discutir. Lideranças sem planejamento estratégico, sem uma visão inteligente do que pode render a tarefa, sem um manejo adequado dos recursos humanos à disposição, sem dúvida são lideranças que não podem ser poupadas da demissão. Nesta temporada, aconteceu com Ana Moser, por exemplo.

Há casos mais complexos em que o líder acaba pagando o pato porque a equipe não encontra um elo fraco entre seus liderados. Eu me lembro da Maura, no primeiro episódio do Retorno, que se encaixa perfeitamente nesse quadro. Foi uma demissão um pouco precoce, mas difícil de ser questionada, porque, afinal, o que fazer quando todos os integrantes da equipe apresentam o mesmo nível de trabalho e ainda assim sofrem uma derrota? 

Mas há um ou outro casos de líderes que acabam caindo na situação que Andréa Nóbrega enfrentou na semana passada: um liderado problemático, desinteressado e desagregador. Chega uma hora em que fica complicado usar o argumento da “falta de pulso”. Afinal, o que uma pessoa que participa de um reality show como o Aprendiz pode fazer? O líder só é líder até certo ponto e, quando paramos para pensar, não há uma hierarquia real dentro do programa, e não dá pra simplesmente dizer que o líder “deu espaço” para um liderado insubordinado e que se recusa a trabalhar. 

No caso específico de Andréa Nóbrega, ficou bem claro que a ex-Carzalberta pediu, brigou, reclamou e, por fim, desistiu. Muitos podem dizer que é difícil respeitar uma líder como Andréa, com sua maneira infantilizada de conversar e ausência de qualquer bagagem corporativa do passado da aprendiz antes de entrar no programa. Até certo ponto, concordo. Mas há de se fazer um esforço, um esforço que todos os outros participantes claramente fizeram, mas Nahim não fez. Uma coisa é você chegar numa sala de reunião e dizer “olha, eu fiz tudo do jeito que o líder pediu, dei ideias e não fui ouvido, etc e tal”. Outra é você recusar-se a cooperar, irritar e estressar o líder e ainda achar que está certo. 

Esse, na verdade, é um problema potencial do formato Celebrity, porque as celebridades não estão disputando uma vaga na empresa do apresentador, a carreira delas não depende realmente do programa. Por isso, pouco importa se eles sairão de lá com a imagem de barraqueiros, o importante é aparecer. Era o caso de Nahim no programa e, quando já temos um sem número de líderes reclamando consecutivamente da postura do cantor, é difícil defendê-lo (pra não dizer impossível). Andréa, pra mim, era a primeira da fila da demissão nesta temporada desde o início, mas a verdade é que, em sua liderança, ela fez o que pôde. Nahim não pode dizer o mesmo.

Renato Santos foi quem enxergou isso e percebeu que, diante da impossibilidade de Andréa de demitir o elemento que fazia mal à equipe, cabia a Roberto Justus fazer esse papel. Concordo plenamente, e fiquei realmente orgulhoso da decisão do apresentador. A estratégia de Nahim era muito clara: sustentar-se por meio de polêmicas. Felizmente, outros participantes como Christiano e Ana Moser deixaram isso claro na sala de reunião, o que pode até ter contribuído para que Roberto Justus se sentisse numa saia mais justa e se visse obrigado a demitir o cantor para mostrar quem manda no programa.

A conclusão da semana – e quem diria, a lição deixada por Andréa Nóbrega – é: no Aprendiz, o líder só é líder até certo ponto, e é preciso estudar caso a caso para evitar injustiças e garantir que um líder não seja gratuitamente prejudicado por liderados rebeldes. Agora é ver se os líderes definidos hoje e seus liderados – especialmente os da Next – saberão digerir essa informação e trabalharão mais em prol da equipe do que de si mesmos.

SOBE

- Michele Birkheuer


 Soube, afinal, ouvir as críticas do grupo e acalmar os ânimos de quem achava que ela falava demais. E, aparentemente, conseguiu fazer isso sem se anular na tarefa, ou assim esperamos. Baita ponto pra ela!

- Mônica Carvalho



Elogiou Michele e mostrou estar disposta a deixar as picuinhas para trás - pelo menos até a Fênix perder de novo, porque é aí que vai ser o teste real de maturidade para Mônica. E vou dizer que, se essas duas aprenderem a se unir, ninguém as segura nesta temporada!

- Priscila Machado


 Esse Aprendiz é das mulheres, e das mulheres que sabem se impor! Priscila sabe trabalhar e não abaixa a cabeça quando se sente desrespeitada, e eu não consigo não admirar uma pessoa com essa postura.

- Beth Szafir


Porque É LÓGICO que a liderança dela foi ÓTIMA, e ai de quem disser o contrário! ;)

DESCE

- Nahim


 Mais um que foi demitido, mas não pode ser ignorado aqui, não só por ter saído completamente por baixo, achando que “quem vai pra sala de reunião comigo, vaza, porque eu sei o que estou fazendo”, como também por suas lamentáveis declarações pós-demissão, que explicitaram que Nahim era um participante para A Fazenda, não para O Aprendiz. Vai ser mau perdedor e desesperado por atenção lá na China!

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