por Luiz Gustavo
Cristino
Nada é por acaso nesta vida. E não foi por acaso que Ana Moser
foi o primeiríssimo nome oficialmente divulgado do elenco do Aprendiz
Celebridades. Dizem que ser fã de Ana Moser revela idade, mas nem me importo:
ao meu ver, a ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei é, com folga, a mais
célebre participante da atual temporada, e uma das poucas que realmente honram
a metade “Celebridades” no título.
Quem já passou dos 25 aninhos de idade deve se lembrar da
emoção que as meninas do vôlei nos deram em Atlanta, 1996. Uma jornada de
favoritismo com direito a contusão, substituições e um balde de água fria na
derrota para as cubanas na semifinal, com direito até a confusão no final da
partida. A quem interessar, vale a pena relembrar mais detalhes sobre a
madrugada mais difícil para quem era apaixonado por essa seleção clicando aqui e aqui
ou assistindo ao documentário “Pátria”, que tratou
bastante da rivalidade entre Brasil e Cuba na ocasião.
O fato é que Ana Moser é praticamente patrimônio do esporte
no Brasil, e a força da sua equipe com a conquista da primeira medalha olímpica
da história do vôlei feminino brasileiro inaugurou a belíssima trajetória ascendente
dessa seleção no país, jornada que culminou em medalhas de ouro nas duas
últimas Olimpíadas. Assim, participar do Aprendiz deve ser moleza para alguém
como ela, não é verdade?
Nem tanto. Assim como Amon, Ana Moser entrou favoritíssima
nas bancas de apostas dos fãs do Aprendiz, mas acabou apagando-se e decepcionando
logo nos primeiros episódios. Apesar de ter ido bem na tarefa das trocas, sua
liderança na prova da venda das minhocas foi realmente lamentável,
completamente desprovida de planejamento. Na tarefa da Nestlé, a ideia do vôlei
na ciclovia foi bem complicada, e, naquele momento, eu já a havia riscado da
minha lista de favoritos sem pensar duas vezes.
Mal sabíamos, porém, que a garra de Ana Moser ainda entraria
em ação no futuro. E foi em sua segunda liderança que o jogo começou a virar.
Apesar de Marília Gabriela ter contribuído – e muito! – para a vitória da Next
na ocasião, o fato é que a vitória da equipe de Ana Moser abriu um precedente
que já ajudou muita gente em temporadas anteriores: a migração de equipes.
Lembremo-nos de Henrique Sucasas, de Karina Ribeiro, de Renata Tolentino e de
Rodrigo Solano em temporadas recentes e de como o fato de terem sido escolhidos
por outras equipes contribuiu para a longevidade desses participantes.
Tanto Cacá como Renato Santos deixaram isso claro no
programa de ontem, e eu concordo muito com os conselheiros. Faltou sabedoria na
decisão de Christiano, faltou entender que o jogo já está começando a partir
para o individualismo, e escolher Ana Moser para voltar à Next não só dá a ela
um imenso crédito e um grande poder nesta temporada como também depõe contra o
próprio Christiano, em sua aparente falta de capacidade de trabalhar com pessoas diferentes.
A história parece estar se repetindo mais uma vez. O fato de
estar, assim como Karina, sendo disputada a tapa pelas duas equipes e ainda
vencendo cada vez que faz a migração só propulsiona imensamente Ana Moser em
direção à final. E podemos estar diante de uma situação bem parecida com a de
Marina Erthal: a de alguém que, do meio para o fim do programa, mostrou uma
força até então não revelada, e acabou tornando-se imbatível até conquistar a
inevitável vitória.
Se a trajetória de Ana Moser está conseguindo unir os melhores momentos das jornadas de ambas das finalistas do Aprendiz 6, algo está realmente dando muito certo para a ex-jogadora nesta temporada! E eu vou ser obrigado a concordar com nossa querida Rafaella Oliveira, assim como concordava no momento em que o elenco desta temporada foi divulgado: pelo andar da carruagem, é final Amon x Ana Moser na cabeça! E desta vez, acho que vai dar ouro para Ana Moser, amigos!
Se a trajetória de Ana Moser está conseguindo unir os melhores momentos das jornadas de ambas das finalistas do Aprendiz 6, algo está realmente dando muito certo para a ex-jogadora nesta temporada! E eu vou ser obrigado a concordar com nossa querida Rafaella Oliveira, assim como concordava no momento em que o elenco desta temporada foi divulgado: pelo andar da carruagem, é final Amon x Ana Moser na cabeça! E desta vez, acho que vai dar ouro para Ana Moser, amigos!
SOBE
- Christiano Cochrane
Por enquanto, é o único líder com duas vitórias nesta
temporada e o único com 100% de lideranças vitoriosas (o duplo recorde ainda
pode ser empatado por Raul Boesel e por Beth Szafir se cada um vencer sua
próxima liderança, mas dificilmente será superado).
Independentemente da manutenção desses recordes, continua sendo com folga o
melhor gestor de pessoas de todo o elenco.
DESCE
- Priscila Machado
Tanto foi falado sobre o favoritismo da miss, mas eu sempre disse que ainda faltava alguma coisa. Sua liderança vitoriosa na prova da marinha, obviamente, não significa absolutamente nada, e a derrota em uma prova um pouco mais elaborada já deixou claro que Priscila não é essa Coca-cola toda. Pra completar, seu discurso de “a prova do quiz não me favoreceu porque eu era mais alta e não jogo videogame” foi um dos piores argumentos de perdedor que já vi nesta vida. Complicado.
- O Aprendiz
Primeiro, veio a decepção pela ausência de um momento com mistura de equipes nesta temporada e de um teste para que Christiano e Priscila possam provar que são capazes de trabalhar com qualquer pessoa. Depois, a falta de transparência do programa ao transferir Ana Moser para a equipe Fênix foi um dos piores momentos dos 10 anos de história do Aprendiz. Não importa o que Roberto Justus tente dizer posteriormente, numa sala de reunião que nem deveria ter tratado desse assunto (que, a meu ver, só veio à tona devido à terrível repercussão da vantagem “obtida” por Amon). Houve uma clara tentativa de forçar a narrativa na direção de uma vitória da Fênix. E ponto!
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