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terça-feira, 17 de junho de 2014

Púlpito Coelhocratas: Kelvyn Holanda

Púlpito Coelhocratas 
Kelvyn Holanda

O formato do reality de empreendedorismo com celebridades, já conhecido internacionalmente, causou forte impacto entre os telespectadores e fãs assíduos do programa o Aprendiz. Por ser a edição mais diferenciada entre as dez exibidas no Brasil, o público teve de readaptar a forma de tecer críticas ao analisar o perfil dos aprendizes e decisões do Roberto Justus, com a colaboração do veterano Renato Santos e do novo conselheiro, também celebridade, o sempre “chocado” Cacá Rosset. Entre mortos e feridos, com uma audiência mediana para a Record, já se comenta a realização de uma nova edição de Aprendiz Celebridades, pelos bastidores da emissora.

Por não serem pessoas com conhecimentos especializados em publicidade, administração ou marketing e pelo fato do vencedor não ser contratado para trabalhar com Justus ou em alguma de suas empresas/sociedades, muitos telespectadores ainda se perguntam: quem tem realmente o mérito para vencer e levar o dinheiro? Ao fazer tal indagação, imediatamente percebemos que a questão subjetiva, de mérito, discricionária, está mais acentuada nessa versão. Portanto, o melhor será aquele que conseguir se superar e se encaixar melhor no mundo corporativo, será quem tem mais contatos para arrecadar dinheiro ou será aquele que tem um familiar sempre à disposição para ajudar? 

Não é fácil para nós, meros telespectadores, sabermos o que passará na cabeça do Justus no momento do anúncio da vitória, entretanto, pelas temporadas anteriores, temos alguma noção dos perfis que lhe agradam. Nesta edição, mais do que qualquer outra, o perfil subjetivo e o crescimento de cada um no programa serão determinantes na grande final. 

Se não é fácil para nós, imagina para os próprios aprendizes! Michelle, a favorita do público, de personalidade forte e postura adaptável aos negócios, foi eliminada quando quis mudar seu jeito para corresponder às cobranças que vinha sofrendo da equipe e de Justus. Quis agradar, quis se equilibrar para manter-se em pé, mas ficou desbaratinada em sua caminhada e caiu, perdeu a própria identidade, bloqueou seu perfil e decresceu na competição. Diferentemente de Michelle, Andrea foi linear desde o começo e, apesar de surpreender por ter chegado tão longe, manteve-se em absoluta zona de conforto. Andrea deu a entender que estava no Aprendiz para se divertir, contribuir com seu grupo e mostrar que não era apenas uma mulher rica ou fútil. Por isto, sua demissão não surpreendeu ninguém, nem ela mesma, que concordou com a eliminação. 

Breve análise do crescimento na competição e do perfil dos seis finalistas: 

Ana Moser: não começou bem, sendo uma das três piores no início do programa, e logo quando se integrou ao time não ganhou tanto destaque, até perdeu como líder, contudo, aos poucos, mostrou sua importância à Next. Chamou atenção, inclusive, da equipe adversária, Fênix, não só por sua competência, como também por sua boa convivência e respeito com os demais, e pelo seu profissionalismo ao encarar o “jogo”. Além de ser o perfil mais equilibrado, a ex-atleta é a que mais cresceu no Aprendiz. Hoje, arrisco em dizer que é a favorita. 

Amon Lima: seu trajeto no Aprendiz está cheio de altos e baixos, mas tem a seu favor bom temperamento e inteligência, demonstrada de forma excepcional na prova do “Quiz”, sendo o primeiro da Fênix a vencer prova do líder. É válido ressaltar sua conquista de ser o único a vencer duas tarefas como líder. Detalhe: eu e metade da torcida do Flamengo consideramos que o violino deve ser deixado um pouco de lado. É um dos favoritos.

Beth Szafir: alguns gostam, outros odeiam, porém ninguém a atinge. Definitivamente, Beth não é uma avó convencional, e Sasha Meneguel Szafir deve saber disto. Dona do maior leque de contatos já visto, a socialite conseguiu construir boas amizades/relações durante sua vida, e hoje tem a honra de poder usufruir dos benefícios oriundos desses laços. Sempre mostrou ser fundamental à equipe ao reunir recursos para as tarefas e, talvez por isto, nunca esteve entre os prováveis eliminados nas derrotas da Fênix. Nesta reta final, Beth deve mostrar mais criatividade e trabalho sem contatos para se consolidar entre os favoritos. 

Priscila Machado: cresceu na competição, tornou-se uma das favoritas, teve bom desempenho no Quiz, porém, deve ter cuidado para que seus comentários e comportamento maliciosos, já conhecidos no “mundo Miss”, não sejam totalmente nocivos à si, ou seja, deve esconder seu lado “Sara” de ser. 

Cristiano: mostrou-se importante para o programa, por sua personalidade forte, suas brigas, seu esforço e por ter uma mãe chamada Marília Gabriela. Cristiano tinha tudo para ser o favorito desta edição, mas seu temperamento explosivo e questionador, somado ao fato de sempre pedir auxílio de sua mamãe, sem nem esperar que seu sapato aperte, faz com que o próprio Justus fique em dúvida se ele deve ser levado à final. Acho difícil que Cristiano consiga neutralizar seu sangue quente nos próximos episódios, no entanto, se ele deixasse a Gabi de lado já seria um bom começo. 

Raul Boesel: é o azarão. Não vou perder tempo escrevendo porque acredito que não sobreviverá a próxima sala de reunião em que estiver presente. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Torcendo para que a próxima edição volte a ser com anônimos! Essa edição perdeu muita credibilidade, os ensinamentos ficaram de lado diante de tantos barracos e picuinhas! Só me resta torcer por Ana Moser!