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sábado, 24 de agosto de 2013

História do Aprendiz, por Jadre Junior

por Jadre Junior

Um novo começo para O Aprendiz

Olá, amigos leitores do blog  Aprendiz Coelhocratas! É com muito prazer que eu inicio a minha participação no blog. Hoje, vou expor a minha visão sobre a história do programa e minhas expectativas em relação ao Aprendiz - O Retorno.

História do Aprendiz

Quando assisti às primeiras chamadas do programa O Aprendiz, há quase 10 anos, em 2004, eu me interessei bastante pelo programa e fiquei com muita vontade de assistir. Na época, eu tinha 16 anos de idade, em breve concluiria o Ensino Médio e queria conhecer as possibilidades de escolha profissional que existiam. Eu nunca havia assistido à versão original do Aprendiz (a propósito, até hoje eu nunca me interessei muito em ver os vídeos do The Apprentice) e tudo o que eu via no Aprendiz 1 era uma grande novidade para mim.


O Aprendiz estreou com uma breve apresentação do apresentador, Roberto Justus, da história do grupo Newcomm, dos participantes da edição e, logo em seguida, já foi exibida a tarefa, a recompensa e a sala de reunião. A forma como as cenas eram editadas, a trilha sonora do programa e os demais recursos técnicos utilizados eram bastante impactantes e me impressionaram muito, mas o que mais me despertou interesse em continuar assistindo ao Aprendiz foi o formato do programa em si. Achei incrível a ideia de se colocar profissionais qualificados disputando tarefas envolvendo negociação de produtos, gerenciamento de negócios, marketing, publicidade, ações beneficentes, organização de eventos etc e logo me tornei fã do programa. O José Tolovi Junior e a Isabel Arias eram brilhantes em seus comentários como conselheiros; as inserções com o Roberto Justus explicando a importância das tarefas que seriam exibidas e as qualidades dos aprendizes que seriam testadas acrescentavam muito aos telespectadores e o nível de qualidade e relevância das tarefas, com exceção da prova dos desafios de lógica, era excelente. Além de todo o conteúdo sobre administração e negócios, o Aprendiz me conquistou também pelos vários momentos divertidos protagonizados pelos participantes (Luiz Suplicy bebendo a água do conselheiro, Marcelo respondendo que levaria o Roberto Justus para uma ilha deserta etc). Além disso, o nível dos participantes era tão bom que essa foi a única edição do Aprendiz cujos dois finalistas tiveram uma trajetória tão brilhante no programa que eu não conseguia ter um favorito entre eles ou identificar um grande defeito que desqualificasse algum deles.

No Aprendiz 2, a qualidade geral dos participantes caiu bastante em relação à primeira edição, mas mesmo assim havia bons participantes (Tatiana, Júnior, Fernando, Feliz e Evandro, por exemplo). A entrada do Roberto Paschoali no lugar do José Tolovi (o meu conselheiro favorito da primeira edição) e a vitória, na minha opinião, injusta do Porcel sobre a Tatiana Arrais foram outros pontos negativos da edição, mas a notória evolução na desenvoltura do Roberto Justus no comando do Aprendiz e a criatividade e relevância das tarefas do Aprendiz 2 ajudaram a manter o meu interesse pelo programa.

No Aprendiz 3, a entrada do Walter Longo (sem dúvida, o conselheiro mais marcante da história do programa) para o elenco do Aprendiz e o revezamento entre a Vivianne Ventura e o Edison Henriques Jr na segunda vaga de conselheiro agregaram muito ao programa. Além disso, houve tarefas muito interessantes e o nível geral dos participantes era muito bom, com destaque para Anselmo, Bia, Karine, Anníbal, Max, Nakao e Paulinha Ramos. Com todas essas qualidades, o Aprendiz 3 conseguiu superar a qualidade do Aprendiz 1 e do Aprendiz 2 e deu fôlego para o formato do programa, sendo essa, na minha opinião, a melhor edição entre as que foram feitas com a proposta de contratar um executivo.


No Aprendiz 4, provavelmente para evitar um desgaste na fórmula do programa, tivemos a primeira grande mudança no formato original do Aprendiz: ao invés de contratar um executivo, o objetivo do programa era contratar um sócio. O episódio de estreia, no qual os participantes pré-selecionados apresentavam seus projetos para o Justus e seus conselheiros, foi muito divertido e abriu a edição com chave de ouro. O nível geral dos participantes era muito bom (com exceção, é claro, do memorável Professor Ricardo e de alguns outros participantes) e as tarefas mantiveram o nível de qualidade do Aprendiz 3. A novidade de fazer com que o líder vencedor atuasse como conselheiro foi um grande acerto e serviu para dar mais status aos líderes vencedores, mas o programa perdeu um pouco ao excluir o 2º conselheiro oficial da sala de reunião, pois nota-se que a partir de então as opiniões do Walter Longo passaram a ser quase decisivas nas demissões. Mesmo com a vitória injusta do Tiago sobre a Mariana Reis, o Aprendiz 4 foi uma ótima edição e, ao contrário da opinião de boa parte dos fãs do Aprendiz, eu considerei a ideia de fazer edições voltadas para a contratação de sócios como algo bastante positivo.

O Aprendiz 5 foi, de longe, a melhor edição do programa. Como um elenco repleto de grandes participantes (Henrique, Clodoaldo, Daniel Stephens, Maura, Adriana, Danilo, Fernanda e Sandra), um dos principais pontos positivos da edição foi justamente o fato de, EM GERAL, os participantes que menos me agradaram terem sido justamente os primeiros a sair (Leny, Douglas, Daniel Nicolini, Rodrigo, Ricardo e Andrea). Com exceção da prova do exército e talvez da prova de revitalização, as demais tarefas foram excelentes, a novidade de dar à equipe vencedora o direito de assistir à sala de reunião foi interessante e a vitória do Clodoaldo sobre o Henrique Sucasas, na minha opinião, foi justa. Ao meu ver, o único ponto negativo do Aprendiz 5 foi o excesso de desistências, embora a desistência da Adriana, por exemplo, tenha sido bastante compreensível.


No Aprendiz 6, tivemos mais uma grande alteração no formato do programa: dessa vez, o Justus contrataria um universitário para trabalhar como treinee. Apesar do nível geral dos aprendizes ter decaído muito em relação à quinta edição (em grande parte, pela pouca experiência dos participantes), ainda assim tivemos bons participantes (Lucas, Stephanie, Rodrigo Carraresi, Mariana Marinho, Karina, Marina, Ana Paula, por exemplo). A volta do segundo conselheiro oficial para a sala de reunião foi algo positivo, mas teria sido melhor se tivessem mantido a regra das duas edições anteriores que dava ao líder da equipe vencedora o direito de atuar como conselheiro e houvesse três conselheiros ao invés de apenas dois. A criação da regra do veto se mostrou uma grande bobagem (tanto que acabou sendo suprimida na metade da edição) e nível geral das tarefas decaiu muito (em grande parte, por causa de algumas provas bobas como a Prova do Exército com etapas como cabo-de-guerra e tiro na bexiga, o Quiz com perguntas toscas e um jogo da memória inútil, a Prova de montar invenções com sucata, a prova da pintura dos asilos etc), mas mesmo assim essa edição foi relativamente interessante. A vitória da Marina Erthal foi justa, embora a perseguição do Justus em relação aos aprendizes do sexo masculino nas salas de reunião tenha dado a impressão de que essa edição foi feita com o propósito de contratar uma mulher para reduzir a diferença entre o número de homens e mulheres vencedores do Aprendiz (posso estar enganado, mas a notícia no link a seguir mostra que houve uma certa preocupação por parte do Roberto Justus de que ele pudesse ser injustamente acusado pela imprensa de preferir contratar homens: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u413786.shtml).


No Aprendiz 7, tivemos a mudança mais significativa e controversa da história do Aprendiz até hoje: a troca de apresentador. Mesmo já tendo uma grande experiência como apresentador de TV e sendo um empresário de sucesso, o João Doria Junior não parecia ter um perfil adequado ao formato do Aprendiz e as críticas comparando negativamente a sua performance com a performance do Roberto Justus por parte dos fãs do Aprendiz foram inevitáveis. Os novos conselheiros, Cristiana Arcangeli e Davi Barione, também não conseguiram repetir o sucesso do Walter Longo: enquanto o Davi Barione pecava por ser pouco expressivo nas salas de reunião, a Cristiana, embora fosse bastante enfática e fizesse comentários pertinentes, parecia ter uma certa implicância com as participantes do sexo feminino. O nível dos universitários do Aprendiz 7, ao meu ver, ficou abaixo do nível dos universitários da 6ª edição, mas acho até meio injusto querer comparar os participantes das duas edições, afinal os apresentadores eram bem diferentes e a dupla Roberto Justus e Walter Longo estimulava os aprendizes das edições deles a se manifestarem mais nas salas de reunião e as provas das edições comandadas pelo Justus eram muito mais desafiadoras do que as da edição do JDJ. Aliás, as provas do Aprendiz 6 foram extremamente repetitivas (acho que tivemos uma 5 provas nas quais os aprendizes tinham que montar stands de divulgação de produtos) e certamente contribuíram muito para a queda da qualidade do programa. Apesar da vitória justa da Samara e de contar com alguns aprendizes brilhantes que certamente teriam se destacado ainda mais de tivessem participado de uma edição comandada pelo Justus (Gabriela, Natália Nohra, Ramon, Renata Bacha e Caio, por exemplo), o Aprendiz 7 acabou sendo a pior edição até então.

No Aprendiz 8, embora o João Doria Junior continuasse no comando do programa, muitos acreditavam que essa edição fosse ficar melhor do que a anterior devido ao fim do formato universitário e a uma possível evolução do JDJ como apresentador do Aprendiz. Infelizmente, não foi o que aconteceu.
Vimos um JDJ totalmente descaracterizado, grosseiro e forçado (talvez essa mudança tenha ocorrido por causa das críticas feitas a sua performance na edição anterior, na qual ele parecia pegar bem mais leve com os participantes); Carla Pernambuco, a nova conselheira, tinha uma postura pouco profissional nas salas de reunião e perseguia descaradamente algumas participantes, como a Suelen, a Bruna e a Ana Carla, e teve uma performance bastante caricata ao longo de toda a edição; e Cláudio Forner voltou ao Aprendiz tendo um desempenho inferior ao da época do Aprendiz 6. A edição como um todo teve um tom tão teatral que é praticamente impossível tentar comparar os participantes dessa edição com os das edições anteriores sem correr o sério risco de cometer alguma injustiça. Os participantes que conseguiram deixar a edição menos ruim do que poderia ser foram o Fernando, a Daniely, a Renata, a Bruna e a Suelen; mas mesmo assim não conseguiram evitar que essa edição se tornasse a pior de todas.

Para finalizar, tivemos a vitória injusta da Janaína sobre a Renata Tolentino, uma ênfase exagerada na importância do inglês (ao contrário do Aprendiz 3, nessa edição não estava sendo disputada uma oportunidade de trabalho no exterior), uma edição que premiou a vencedora somente com dinheiro ao invés de oferecer também uma oportunidade profissional etc. Tudo isso fez com que muitos dos antigos fãs do Aprendiz perdessem o interesse pelo programa e o futuro do Aprendiz se tornasse incerto.

O que podemos esperar do Aprendiz - O Retorno? Bom, só a volta do Roberto Justus e do Walter Longo já é um grande motivo para os antigos fãs do Aprendiz retornarem, mas eu particularmente vejo outros motivos pelos quais podemos ter ótimas expectativas em relação à próxima edição. A volta de aprendizes das edições anteriores e a possibilidade de conferir o amadurecimento deles também é outro motivo pelo qual certamente valerá a pena assistir ao Aprendiz - O Retorno (dessa vez os telespectadores mais saudosistas não poderão dizer que os participantes dessa edição são piores do que os das edições anteriores). Além disso, o novo conselheiro, o Renato Santos, que participou do Aprendiz 8 em curtos (mas bons) VTs fazendo comentários sobre a proposta de cada tarefa, já está participando do grupo no Facebook sobre o Aprendiz, o que indica que ele está envolvido com a proposta do programa. Talvez a volta do Roberto Justus e do Walter Longo, um novo conselheiro conectado com os fãs do Aprendiz e a volta de grandes ex-participantes seja tudo o que faltava para o Aprendiz voltar a ser o melhor programa da TV brasileira. Eu, pelo menos, estou bastante otimista.

No próximo post, veremos quais são os ex-Aprendizes mais cotados para o Aprendiz - O Retorno. Será que vou acertar muitos palpites? Não percam!

Abraços!!!!!

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