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sábado, 21 de setembro de 2013

"Bill Gates, se estivesse aqui, teria ido além do que vocês foram". Será?


Por Jadre Junior
Olá, amigos leitores do blog Aprendiz Coelhocratas! Antes de mais nada, gostaria de dividir com vocês a alegria que tive em saber que o nosso blog atingiu a marca de 9000 visualizações. Muito obrigado a todos vocês leitores que nos acompanham e comentam nossas postagem. Hoje serei mais breve do que de costume e vou usar o meu espaço no blog para propor uma reflexão sobre uma frase dita pelo conselheiro Walter Longo em uma sala de reunião do Aprendiz 5 que me causou um certo incômodo durante algum tempo, simplesmente pelo fato de que ela me soa como um achismo dito sem muita reflexão.

Primeiramente, gostaria de salientar que admiro muito o Walter Longo e que considero a sua participação no Aprendiz quase tão necessária quanto a apresentação do Roberto Justus. Adoro seu humor irônico e a forma clara e direta como ele expõe seus argumentos para justificar quem deve ser demitido, porém eventualmente ele diz algumas coisas que não correspondem muito com a realidade, como a frase que dá título a esse post.

No 14º episódio do Aprendiz 5 - O Sócio, após fazer algumas críticas ao perfil menos incisivo e pouco enfático (demonstrado no programa, é bom salientar), dos participantes Hugo Rosin e Daniel Stephens, dupla que se enfrentava na sala de reunião, Roberto Justus fez um contraponto citando Bill Gates como um exemplo de grande empreendedor que também tem um perfil mais introspectivo. Em seguida, Walter Longo diz a seguinte frase: "Tenho certeza que o Bill Gates, se estivesse aqui, teria ido além do que vocês foram". (A cena exibida no programa pode ser conferida no link abaixo.)


Será mesmo, Walter Longo? Ao meu ver, duas das principais características testadas no Aprendiz são a versatilidade e a capacidade de adaptação dos participantes, pois em cada tarefa os participantes têm que exercer uma função diferente: em uma tarefa eles são compradores, em outra são vendedores de cocos; em uma tarefa eles são publicitários, em outra são apresentadores de marchandising; em uma tarefa eles são decoradores; em outra são soldados do exército; em uma tarefa eles são produtores de eventos; em outra são agentes de turismo; em uma tarefa eles são operadores logísticos, em outra são gerentes de restaurantes, etc... É claro que o que está sendo observado pelo Roberto Justus nessas tarefas é a visão de negócio dos aprendizes, mas não podemos ignorar o fato de que as particularidades de cada tarefa podem torná-la mais fácil ou mais difícil de acordo com o perfil, o conhecimento e as experiências do profissional que deve executá-la.

Será mesmo que Bill Gates (ou algum outro grande empreendedor) teria um desempenho tão brilhante no Aprendiz quanto no comando do empreendimento que criou? Uma coisa é um grande empreendedor saber gerir uma grande empresa que ele criou em um ramo no qual ele naturalmente já tem um certo interesse e conhece bem, outra coisa é ter que atuar em uma atividade na qual você talvez nunca tenha trabalhado (nem tido interesse de atuar) e nem conheça suficientemente bem (e com verbas e prazos extremamente curtos, como costuma acontecer nas tarefas do Aprendiz). Profissionais muito competentes podem não se adaptar ao tipo de competição que ocorre no Aprendiz e ao intenso ritmo de tarefas e acabar fazendo fiasco no programa, assim como profissionais não tão brilhantes podem se dar muito bem no Aprendiz por se saírem melhor na execução de tarefas de curto prazo do que no gerenciamento de negócios de longo prazo (até mesmo porque manter o sucesso de um grande negócio e fazê-lo prosperar pode ser ainda mais difícil do que criar um negócio de sucesso imediato).

Será mesmo que Bill Gates arrasaria no gerenciamento das vendas dos cocos, produziria um megaevento de corrida DE patos, conseguiria ótimos descontos pechinchando produtos e serviços diversos, faria um excelente trabalho de distribuição de medicamentos em farmácias, produziria ótimas campanhas publicitárias etc? Não sei a resposta. Ao contrário do Walter Longo, eu tenho minhas dúvidas sobre o desempenho do Bill Gates se ele participasse do Aprendiz. 

Abraços!!!!!!!

2 comentários:

Salomão disse...

Essa é fácil... se o Bill Gates participasse do programa, quem tava fora era o Justus. Comparar o sucesso empresarial de ambos é risível. Já é trágico comparar o Justus com o Trump...

OBS, para que vocês mantem ativado o capicha... ferramenta chata que inibe quem quer comentar.

Rafaella de Oliveira disse...

Pelo contrário. Tal ferramenta serve para que comentários reais sejam postados e não spam.